08/12/2010

Totalitarismo Liberal

"O liberalismo moderno suprimiu a nacionalidade patriótica em uma situação na qual a política foi reduzida a um processo de tomada de decisões 'à delivery' parecendo com um 'posto de comando' econômico, os estadistas foram reduzidos a servirem como instrumentos para grupos de interesses especiais, e as Nações tornaram-se pouco mais do que mercados. Os cabeças dos Estados liberais modernos não tem opções além de observarem enquanto seus cidadãos são somatizados por males civilizacionais como a violência, a delinqüência, e as drogas.

Ernst Jünger uma vez afirmou que o ato de violência velada é mais terrível do que a violência aberta. (Diário IV, 6 de Setembro, 1945). E ele também notou: 'A escravidão pode ser substancialmente agravada quando ela assume a aparência de liberdade.' A tirania do liberalismo moderno cria a ilusão inerente em seus próprios princípios. Ele se proclama a favor da liberdade e grita em defesa dos 'direitos humanos' no momento em que mais oprime. A ditadura da mídia e a espiral do silêncio parecem ser quase tão efetivas em privar os cidadãos de sua liberdade do que se eles fossem presos. No Ocidente, não há necessidade de matar: é suficiente cortar o microfone. Matar alguém por meio do silêncio é um modo extremamente elegante de assassinato, que na prática resulta nos mesmos dividendos do que um assassinato real - um assassinato que, ademais, deixa o assassino com a consciência tranqüila. Mais do que isso, não se deve esquecer a importância desse tipo de assassinato. Raros são aqueles que silenciam seus oponentes por diversão."
(Alain de Benoist, Trecho de "Sobre a Decadência das Sociedades Modernas")